É a altura de fazer pausa dos briefings difíceis e pôr a leitura em dia. O Clube sugere alguns livros que podes pôr na mala para este verão.
Leituras de e para criativos com especial gosto por literatura.
"50 ABRIS"
de vários autores
50 histórias
50 grupos de 28 associações sociais do grande Porto conversaram sobre liberdade com 50 autores e autoras residentes em Portugal. Dessas conversas nasceram textos que foram ilustrados por 50 artistas.
"50 ABRIS": um livro sobre liberdade — a de hoje, a do passado, a que existe e a que faz falta — desenvolvido por mais de 300 pessoas, para todas as idades e contextos.
"Sinais de Fumo"
de Alex Couto
romance
Uma explosão, uma morte, um bairro sem erva para fumar. Um grupo de amigos com uma visão empreendedora e muita lata. E fumo, muito fumo.
"Corte & Costura"
de Márcia Pedroso
histórias
Quem foi o maior traidor de Portugal?
Que rei teve mais filhos bastardos?
Qual foi o maior chalupa da nossa História?
Que rainha se vingava das traições do marido?
Num país nascido e criado em adultério, consanguinidade, bastardia, falta de noção e vaidade, não faltam histórias sumarentas e vergonhosas, daquelas que não aparecem nos livros de História.
Aqui não vão encontrar lindas histórias de amor ou relatos de guerras e conquistas, mas uma grande sessão de corte na casaca da nossa monarquia. Nesta que é a revista cor -de-rosa mais atrasada da História de Portugal, existe um pouco de tudo: boys-lixo, realeza no armário, rainhas-desta-porra-toda, filhos que a História quis apagar e, claro, chalupas.
Agarrem o tricô e preparem-se para grandes revelações. Depois desta sessão de quadrilhice, a vossa vida nunca mais será a mesma.
Se não estão prontos para encarar a realidade, não devem ler este livro.
"Jean, John e João"
de Ricardo Henriques e André Letria
infanto-juvenil / história
Um francês, um inglês e um português encontram-se numa história que conta tudo sobre a Terceira Invasão Francesa de Portugal e as Linhas de Torres, o maior e mais eficaz sistema defensivo da Europa e um dos seus legados patrimoniais mais fascinantes e significativos.
As três personagens principais desta história — Jean, um ajudante de campo francês sob o comando do marechal Masséna; John um marinheiro britânico sob o comando do general Wellesley; João, um soldado caçador português — são apanhadas num turbilhão de acontecimentos gerados pelo ímpeto conquistador de Napoleão, que pretendia dominar a Europa pela força.
Com histórias e origens diferentes, os três combatentes encontram-se num país devastado por uma guerra que deixará marcas profundas na sua sociedade.
O cenário do seu encontro são as colinas e montes a norte de Lisboa onde, entre 1809 e 1810, foram construídas em total segredo 152 fortalezas ao longo de 85 km, divididas em 3 linhas de defesa que hoje simbolizam a resistência e a determinação portuguesas contra as tropas napoleónicas.
"Universo de Bolso"
de Gonçalo Santana
poesia
As palavras são coisas antigas,
o que fazemos com elas é sempre novo.
As palavras que estão neste livro são
o resultado de um ano de escrita nos mais diversos recantos do mundo, com predominância para ilhas onde me rodeiam
o mar e os mais variados silêncios.
São impressões breves sobre a existência, (quase tão breves quanto a própria).
Palavras que me chegaram quando passei
os olhos por essa coisa de existir
e que condensam a estranheza de estar vivo.
Uma visão macro, a roçar a abstracção.
Essa coisa que acontece quando abrimos
muito os olhos.
Desfoque, invisibilidade por proximidade.
"O livro que não sabia o que queria ser"
de Márcio Martins e Cláudia H. Abrantes
infantil
Esta é a história de um livro pequeno que tem um grande problema: ainda não sabe o que quer ser. Às vezes quer ser um livro de astronautas, outras vezes gostava de ser um livro de piratas. Há dias em que lhe apetece ser um livro de super-heróis e outros em que preferia ser um conto de fadas.
Os mais crescidos dizem-lhe que tem de se decidir, que ninguém vai querer ler um livro que não sabe o que quer ser. Será verdade? E conseguirá ele decidir-se? Nesta história sobre o pequeno indeciso, o autor leva-nos numa aventura sobre a liberdade das crianças e o poder da imaginação e da criatividade.
"Jasmim"
de Frederico van Zeller
conto
"Pororoca"
de Ana Luiza Tinoco Nascimento
poesia
seus olhos são duas tochas
que nunca param de queimar
they
burn burn burn
y quien se acerca se enciende.
quando encontram os meus tentam
em vão
atravessar o limite dos ossos
dos orgãos
o coração com osteoporose
"Liderar"
de Carolina Afonso e Sandra Alvarez
administração e gestão
Já não há volta a dar. Por muito que ainda possa haver quem se sinta tentado a tapar os olhos, como se fosse possível ignorar, tem-se assistido a uma transformação evidente no conceito de liderança, quer aplicado ao mundo empresarial, quer na forma como se encara a vida pessoal. Uma mudança com efeitos profundos na forma como os líderes do nosso tempo desempenham as funções profissionais e se movimentam nas vidas pessoais.
Neste livro, de forma genuína e próxima, Carolina Afonso e Sandra Alvarez, com as suas histórias pessoais e profissionais, desvendam como tem sido o caminho de ambas como lideres e revelam as camadas da liderança do século XXI, alicerçadas numa consistente e indispensável fundamentação teórica, e trazendo à tona a essência humana por detrás de cada tomada de decisão e ação realizada.
"Os pés não têm céu"
de Pedro Pires
poesia
“Os pés não têm céu" é um livro de poemas de Pedro Pires desenhado por José Carlos Mendes. Uma edição numerada, limitada a 250 exemplares.
É a primeira publicação da Poets & Painters uma editora independente dedicada à criação de projetos autorais que unem o texto poético e o design gráfico.
Projetos que aliam escritores, designers e artistas plásticos para a criação de objetos que vivem na interseção da literatura e da arte visual.
A Poets & Painters, ao criar objetos que sustentam esta relação redescoberta entre poesia e design, expressa a vontade criativa, mas também, no futuro, cria novos espaços para outros escritores e artistas visuais.
"E se o futuro for hoje?"
de Luís Perdigão
poesia
São poemas do passado
São versos de um futuro anunciado
Tudo isto é o presente
se o fizermos acontecer HOJE
42 poemas que gritam que é urgente o agora
"Chief Love Officer"
de Cristina Amaro
recursos humanos
Num momento em que movimentos como o The Great Resignation e o Quiet Quitting revelam que as velhas culturas empresariais estão esgotadas, é imperativo um novo paradigma de gestão mais humanizada.
Cristina Amaro, uma referência no mundo das marcas e das empresas, demonstra como uma liderança mais empática e que coloca o amor no centro das decisões é crucial para o sucesso das empresas.
Através de exemplos de organizações que ousam ser diferentes, demonstra que não é possível um negócio ser sustentável sem que o amor entre as pessoas e a organização seja recíproco.
Em Chief Love Officer vai compreender como:
• usar o amor a favor da estratégia de negócio
• criar ambientes de trabalho mais agradáveis
• fomentar uma cultura empresarial favorável à retenção de talento
• aumentar o seu networking
• tirar partido das vantagens de uma hierarquia de proximidade
"O processo criativo"
de Seth Godin
marketing
A criatividade nunca foi tão importante como agora. No entanto, muitos são os momentos em que sentimos que a inspiração nos abandona, conduzindo-nos a uma sensação de fracasso.
Em "O Processo Criativo", Seth Godin explica-nos que, ao contrário do que sempre pensámos, a criatividade não é um talento, mas sim uma competência que pode ser desenvolvida por todos. De nada vale ficar à espera que uma boa ideia caia do céu, procure-a. Em qualquer profissão, o segredo do sucesso é a prática repetida e consistente. É nela que devemos centrar a nossa atenção.
Seth ajuda-nos a compreender o processo criativo de forma clara e objetiva e a ultrapassar os momentos de frustração – mostra-nos o caminho.
Praticar. Praticar. Praticar. E repetir. É esse o segredo para o sucesso.
"Como ver coisas invisíveis "
de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso
criatividade
O mundo precisa que nos sentemos a conversar sobre muitos assuntos: as alterações climáticas, a distribuição da riqueza, a desinformação, os métodos usados nas escolas, a forma como gerimos o tempo.
Como resolver tantos problemas? O que fazer para vivermos todos melhor?
Como veremos ao longo deste livro, a imaginação e a criatividade podem ser parte da solução.
Mas o que é, de onde vem e para que serve, afinal, a imaginação? Será a imaginação prima da criatividade? Onde nos leva cada uma? Por outro lado, será que a criatividade se aprende? Será que se herda? Como distinguir uma ideia boa de uma menos boa? E o que fazer quando não há ideias?
Neste livro, observamos as várias etapas de um processo criativo; saímos para o mundo, em busca dos aspetos que podem influenciar a criatividade; apontamos os holofotes à ciência, à arte e à escola; e desafiamos os leitores com histórias e experiências inspiradas por cientistas, artistas e outras pessoas com muita imaginação.
Venham daí!
"A Melhor Amiga da Menina República"
de Isabel Zambujal e Bernardo P. Carvalho
infantil
O 5 de Outubro de 1910 pôs fim à monarquia em Portugal. Ao longo das páginas deste livro, a Menina República partilha tudo o que viveu e sentiu durante esses tempos de mudança com a Democracia, a sua melhor amiga. Viu chapéus a voar, escolas e universidades a abrir, leis a nascer, novos símbolos para o seu país — um hino, uma bandeira, uma moeda.
O livro oferece ainda a oportunidade de ver um álbum de fotografias muito especial, onde posa com orgulho com as republicanas e os republicanos.
"Crossover Creativity"
de Dave Trott
criatividade
Ideas don’t come from nothing.
They come from what is already inside people’s brains.
And so it’s not true to say that people have ideas.
In fact, ideas have people.
The more you read, watch, observe and consume, the more fuel for ideas you have in your brain, and the more ideas will happen for you.
In this latest collection of stories about creativity in real-life situations, Dave Trott shows where great ideas have come from―as a guide for those who have to generate ideas in advertising, business, or the wider world.
"Coisa que não edifica nem destrói"
de Ricardo Araújo Pereira
humor
Sabem aquele podcast do Ricardo Araújo Pereira que fala de medo, de moscas e desavergonhadamente de humor? Agora também é um livro, composto pelos textos originais que o humorista escreveu como guião. Coisa Que não Edifica nem Destrói é uma experiência social em que Ricardo Araújo Pereira divaga sozinho durante bastante tempo sobre assuntos que o entusiasmam muito mas talvez não interessem a mais ninguém. Às vezes, aborrece as pessoas.
"A Guerra Prometida"
de Marco Pacheco
romance
Pelo bairro operário Grandella, em Lisboa, passam histórias de sonhos e desencantos, de temeridade e fé, de presente sem futuro à vista, de morte sem vida prévia. Ou quase. A morte, neste romance de intenso realismo e sensibilidade literária, é mais do que fatalidade, mistério ou escapatória. Ganha contornos de objetivo, ideal ou redenção. A época, essa, é a da Primeira República portuguesa. Tempo de extremismos entre monárquicos e republicanos, tempo de otimismo pela chegada de um novo regime, tempo de medo que veio pela força das armas, na luta sangrenta da Primeira Grande Guerra. No meio de várias outras, a história de um rapaz capaz de querer e de desejar. Que sonha com o sabor de uma mortalidade incomum, uma existência que não se acomoda nem se fixa no limite do que lhe apresentam como possível. Que luta. Nas contas da vida, ficará a partida Zero a zero?
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